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Porque liberdade é tudo!

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Sobre Liberdade

Para que tenhamos uma boa comunicação sobre o propósito deste blog, é preciso que tenhamos uma definição sobre o conceito de Liberdade aqui utilizado.

Claro que não é o caso de iniciarmos uma discussão filosófica e existencialista. Apenas clarear que não se trata de vida livre no sentido de não ter limites, sejam territoriais, sejam legais. Quando falamos em liberdade, o conceito que nos vem à mente é aquele de que somos livres para decidirmos sobre nossa vida e proceder, desde que não estejamos ferindo direitos de outras pessoas e desde que sejamos responsáveis com os resultados.

Se ao aplicarmos em nossas vidas uma concepção de liberdade que nos leve a prejudicar outras pessoas ou que as consequências recaiam sobre outros e não sobre nós, isso não é liberdade: É barbárie!

Porém, também é preciso definirmos que, ao falarmos em “não prejudicar outros”, não estamos também querendo dizer que em tudo devamos prestar contas e dar satisfação, para aqueles que se colocam em posição de “ofendidos”, como se tudo o que outros fizerem em desacordo com o que acreditam, independente de resultados ou consequências, causem “prejuízos” emocionais a eles… Oras, que se lasquem!

Mas o exercício da liberdade é algo muito difícil, às vezes. Por exemplo, quando um viajante decide acampar em determinada localidade. Não invade terreno de ninguém (área pública), não coloca em risco a vida de ninguém, não polui nem destrói nada, mas mesmo assim, ou é impedido ou precisa pagar, mesmo não havendo absolutamente nenhuma infraestrutura disponível para utilização! Porque há municípios que tratam as pessoas como portadoras de obrigações apenas, sem nenhuma contrapartida! Você tem um equipamento, precisa acampar? Tudo comprado por você, com impostos recolhidos, etc. Vai adquirir alimento na cidade, vai pagar por tudo que consumir, etc. Mas mesmo assim, apenas para montar um acampamento, estacionar um motorhome ou trailer, precisa pagar! Caso contrário, reboca-se, autua-se, apreende-se, etc. E o que fazemos? Nada! Pagamos, aceitamos. Porque? Porque somos acomodados, não queremos ter trabalho, ou estamos cansados, etc. Pagamos ou vamos para outro lugar…

Isso não é liberdade e as pessoas que escolhem viver assim, desde que não estejam cometendo qualquer crime ou fugindo de suas responsabilidades legais, deveriam opor-se, lutar, protestar. Não deveríamos ser livres apenas para sermos covardes ou acomodados.

Outro exemplo de dificuldade em exercermos nossa liberdade é quando queremos transpor limites territoriais nacionais. As vezes passando de um Estado livre para outro igualmente livre, mas sendo cidadão de um destes Estados, temos que nos subordinar às leis e normas do outro, mesmo que não façam nenhum sentido a não ser, muitas vezes, apenas sentido arrecadatório… Será que um dia haverá um tipo de cidadão universal? Afinal de contas, quase sempre estamos, nestas idas e vindas, levando conosco riqueza, conhecimento, cultura, etc. E traremos conosco, de volta, a mesma coisa. E isso não é do interesse de todos, em última análise?

Se não estamos provocando prejuízos, se não estamos gerando consequências ruins, se estamos levando e trazendo riqueza, cultura, conhecimento, mão de obra, etc., deveríamos ser livres para ir, vir, permanecer por quanto tempo quisermos, etc. Vale a pena lutar por isso! Mas todos têm a liberdade de escolher não concordar com isso e continuar se submetendo a todo tipo de exigência, por mais sem sentido que seja, apenas para ter o direito de não se incomodar com nada… E os criadores de normas continuarão exercendo seu direito de se manter livres, acima das normas que criam para os demais, enquanto subjugam e exploram estes. Eles sim, são livres, inclusive sem se preocupar com consequências, prejuízos, etc., para quem quer que seja, a não ser eles mesmos.

Luciano

Adoro a vida e a natureza!

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